Livro Notas de Rishikesh: manual sobre movimento, mosquitos e meditação na Índia

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Você achava que espiritualidade era paz infinita e poses instagramáveis?
Prepare-se para algo completamente diferente.

Notas de Rishikesh: Um Manual sobre Movimento, Mosquitos e Meditação na Índia é uma jornada que começa no ruído da guerra e termina no som da própria respiração.

No coração da África, entre sirenes, tiros e mosquitos, L. M. tenta ajudar vidas enquanto o mundo ao redor desmorona. Dorme mal, come pouco, ri quando consegue. O corpo, exausto, é seu último abrigo até ceder. Quando a dor se torna incontornável, uma amiga lança um convite improvável: Índia, yoga, meditação.

Sem fé, mas movida por uma coragem cansada, ela atravessa fronteiras levando apenas o essencial e uma pergunta: o que resta quando a gente se perde do próprio corpo?

Entre templos barulhentos, vacas por todos os lados, aulas de yoga intermináveis e noites cortadas por mosquitos e insônia, nasce uma transformação sem glamour nem certezas. Notas de Rishikesh é um diário cru, às vezes cômico, às vezes brutal, sobre as muitas tentativas humanas de encontrar-se em si e no mundo.

Com ironia, humor ácido e ternura, a autora desmonta o misticismo de vitrine e revela uma espiritualidade real: feita de cansaço, carne e persistência. Aqui, o yoga é resistência, a meditação é confronto e o corpo é o único retorno possível.

Notas de Rishikesh não é para quem busca fórmulas prontas ou conselhos de guru. É para quem entende que, às vezes, a paz não está no alto de uma montanha, mas na teimosia cansada de um corpo que decide continuar.

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Sobre a Autora:

L. M. Zenevich é mestre em Direitos Humanos e Ação Humanitária Internacional pela Sciences Po Paris e graduada em Direito pela UFRGS. Trabalha em zonas de conflito armado, entre armas, latrinas e negociações improváveis. Vive em Moçambique, após missões pela ONU e ONGs em Nova York, Paris, Amsterdã e por diversas cidades da África e América Latina. Entre guerras e idiomas, fez do tapetinho de yoga sua casa e da escrita seu lar. Nas férias, busca silêncio em retiros de yoga, monastérios ou na beira da praia — fingindo reconhecer seu companheiro entre dez surfistas idênticos. Ainda não alcançou a iluminação, mas não tem deixado faltar luz em sua vida.